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Título: Patriarcado e Acumulação em Escala Mundial: mulheres na divisão internacional do trabalho

Autora: Maria Mies

Prefácio: Silvia Federici

Tradução coletiva: Coletivo Sycorax

Apoio: Pró-reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU) da Universidade de São Paulo. Edital ODS/ONU 2020-2021.

Editoras: Ema Livros e Editora Timo

SINOPSE

Há muitas razões pelas quais uma nova edição de Patriarcado e acumulação em escala mundial é muito bem-vinda. Considerado já na década de 1990 como um clássico da literatura feminista e leitura obrigatória para ativistas e estudiosas e estudiosos do crescente movimento antiglobalização, o livro foi e continua sendo extremamente relevante, mas hoje se dirige a um público ainda mais capaz de apreciar seu conteúdo e metodologia. Propondo uma visão da história mundial centrada na “produção da vida” e na luta contra a exploração da vida, este livro fala diretamente sobre a crise que muitas pessoas hoje vivenciam diante do ataque às vidas humanas e da destruição do meio ambiente, principalmente em uma época em que a aparente incapacidade de movimentos populares – ainda que poderosos – de provocar mudanças sociais positivas gera uma busca por novos paradigmas.  Seguindo a trilha de séculos de violência masculina contra as mulheres e cruzando espaço, tempo e fronteiras disciplinares, o livro relaciona sociedades de caçadores/coletores com o desenvolvimento do capitalismo e o colonialismo, demonstra as armadilhas dos movimentos de libertação nacional, expõe a continuidade essencial entre capitalismo e socialismo, ao mesmo tempo que traz à tona os fundamentos materiais das hierarquias que têm caracterizado a divisão sexual do trabalho e destaca os princípios que devem reger uma sociedade não baseada na exploração. Há, portanto, muito conhecimento histórico e político a ser colhido neste livro. Patriarcado e acumulação também nos dá uma importante lição metodológica: trata-se de um excelente exemplo daquilo que requer a construção de uma teoria. E o mais importante, combinando as teorias produzidas pelo movimento Salários para o Trabalho Doméstico, principalmente no que tange à identificação do trabalho doméstico não pago das mulheres como o pilar da acumulação capitalista, com a análise terceiro-mundista das economias camponesas e da colonização, o livro desenvolve um arcabouço teórico que nos permite pensar conjuntamente sobre as diferentes formas de exploração e os movimentos sociais, permite-nos ainda reconhecer o que tanto divide e o que une as mulheres e faz do feminismo uma sonda para apreender as principais tendências da reestruturação da economia mundial. Inevitavelmente, uma obra de tamanha envergadura levantará muitas questões. (Trecho do prefácio por Silvia Federici)